Itinerários-pesquisador em uma investigação em saúde

Abstract

Nesse artigo será relatada a experiência de uma pesquisa, realizada na Zona Noroeste da cidade de Santos. Inserida no campo da saúde coletiva, seus conceitos referenciais são o de território, redes sociais e produção de saúde. A pesquisa teve como foco a investigação de estratégias de produção de saúde através da identificação e mapeamento de redes sociais, mobilizadas por equipamentos e manifestações de cultura. A partir do método cartográfico, produziu-se uma experiência que dialoga com o seu próprio modo de pesquisar, construindo-o através da implicação que o pesquisador estabelece com a realidade na qual se encontra. Correlacionada a sua maneira de pesquisar, destaca-se a produção de subjetividade em sua experiência, que corresponde aos movimentos de saúde captados, pelo pesquisador, ao estar envolvido pela dinâmica do território. Dessa forma, o pesquisador realiza suas incursões no campo e traceja os caminhos de sua pesquisa através de um mapa que ele próprio deve construir, chamado, nessa pesquisa, de itinerários-pesquisador. Através de suas as rotas, o pesquisador depara-se com a produção do comum, percebido como diversidade e partilha de realidades de vida. Para isso, aponta-se como uma das possibilidades de aproximação entre o campo do estudo em saúde com o campo singular da vida.

This article will report the experience of a research, carried out in the Northwest Zone of the city of Santos. Inserted in the field of collective health, its referential concepts are the ones of territory, social networks and health production. The research focused on the territorial mapping of health production strategies through the identification and mapping of social networks, mobilized by institutions and local manifestations of culture. From the cartographic method, an experience was produced that dialogues with its own way of researching, constructing it through the implication that the researcher establishes with the reality in which he finds himself. Correlated with his research, the production of subjectivity in his experience it is highlighted, which corresponds to the health movements captured by the researcher, being involved by the dynamics of the territory. In this way, the researcher makes his forays into the field and traces the paths of his research, through a map that himself must construct, called, in this research, itineraries-researcher. Through the experiences on the routes of this map, the researcher is faced with what is part of the production of the common in the territory, perceived as diversity and sharing of realities of life. For this, it is pointed out one of the possibilities of approximation between the field of study in health and the unique field of life.